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A Morte da Leitura... ou da Escrita?
🍊Alquimia da Mente – Edição #119
🎶 Leia essa edição ouvindo: Paixãozinha (trecho da minha composição autoral)

O problema não está em quem lê, mas em quem escreve
Você acha que brasileiro não lê?
O problema pode estar do outro lado da tela que você segura agora.
Enquanto você culpa o algoritmo e a "geração TikTok", a verdade é mais incômoda. Estamos na era do conteúdo fast food — palavras processadas, sem valor nutricional, criadas para consumo rápido e esquecimento imediato.
Textos que não nutrem, apenas distraem.
Posts que não transformam, apenas entretêm.
Conteúdo que enche, mas deixa vazio.
E no meio dessa avalanche de informação descartável, algo interessante acontece: você fica mais seletivo sobre o que lê.
Newsletters curadas.
Textos que respiram.
Palavras que valem meu tempo.
Você não é o único. Milhões de pessoas desenvolveram o mesmo filtro.
Mas aqui está o paradoxo: você escreve com alma, entrega valor real... e sente que está falando com as paredes.
Um meme vazio explode enquanto seu texto profundo é ignorado. E lá no fundo, a dúvida surge: será que ainda vale a pena escrever nesse mundo dopado por dopamina?
O algoritmo não quer clareza. Quer te viciar em superficialidade.
Ele premia quem grita — e silencia quem pensa.
Transformou escritores talentosos em operários do feed. Como uma fábrica de fast food literário: rápido, barato, sem substância.
Mas enquanto você se adapta ao gosto duvidoso do algoritmo, escritores de ouro descobriram outro caminho. Eles evitam competir no terreno raso das redes sociais.
E começaram a cavar mais fundo. Continue lendo.