A Regra de 2 Minutos que Me Fez Escrever Todos os Dias

A maior mentira que contam a quem quer escrever é que tempo é o problema. Não é.

O que trava a maioria não é falta de horas no dia. É a falta de ação nos primeiros segundos.

Aquela hesitação silenciosa, quase invisível, que rouba o instante em que você poderia ter começado.

O inimigo não está na sua agenda. Ele está na sua cabeça.

Ele se disfarça de perfeccionismo, de preparação, de “não estou pronto”. É a inércia.

E inércia se vence com impacto, não com mais planejamento.

Em mais de quinze anos escrevendo todos os dias, percebi que a barreira mais difícil de atravessar é sempre a primeira. 

Não importa se é para escrever um livro ou um simples parágrafo. Começar a primeira frase é mais difícil do que escrever as cem seguintes.

E a maneira mais simples de atravessar essa barreira não passa de 120 segundos. Dois minutos.

Aprendi essa técnica no livro Hábitos Atômicos, de James Clear, e ela moldou para sempre minha forma de escrever.

Dois minutos hoje. Dois minutos amanhã.

Quando entendi isso, vi que escrever todos os dias não era sobre esperar a inspiração ou achar um bloco de horas perfeitas. 

Era sobre abrir uma porta tão fácil de passar que eu não teria desculpa para não atravessar.

Às vezes, essa porta é sentar à mesa com o editor já aberto. Outras, é escrever a primeira frase que vier, sem filtro.

O que importa não é o tamanho da porta, mas que ela esteja sempre destrancada.

É a partir desses dois minutos que o resto começa a acontecer. Continue lendo.