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A criatividade não nasce do caos, mas da disciplina
🍊Alquimia da Mente – Edição #115
🎶 Leia essa edição ouvindo: Kayne West - I Wonder

Os bastidores da criatividade
Quantos livros Stephen King poderia ter escrito se esperasse pela inspiração? Zero.
Quantas músicas dos Beatles existiriam se McCartney só compusesse "quando batia vontade"? Talvez duas.
Então por que você ainda acredita nessa mentira romântica sobre criatividade?
A resposta vai doer. Porque destrói uma das ilusões mais queridas do mundo moderno: a ideia de que genialidade é um dom mágico, reservado para os escolhidos.
Que grandes artistas acordam com ideias brilhantes flutuando pela cabeça como borboletas douradas.
Mentira.
A verdade é mais brutal e, ao mesmo tempo, mais libertadora do que qualquer conto de fadas criativo.
E essa verdade começou a se revelar numa simples pergunta feita a um escritor famoso:
"Como você consegue escrever tantos livros tão rápido?"
"Eu tive um bom semestre, escrevi três capítulos", respondeu o entrevistador.
"E você termina três livros nesse tempo."
"Tento fazer seis páginas por dia, relativamente limpas. Se o manuscrito tem 360 páginas, são dois meses de trabalho."
Dois meses. Não dois anos esperando a musa. Não seis meses em retiros espirituais buscando inspiração. Dois meses de trabalho sistemático.
Mas então veio a pergunta que todos nós fazemos: "Você nunca tem dias de bloqueio criativo?"
"Claro que sim. Escrevo uma frase, odeio ela, checo o e-mail, duvido do meu talento, penso em ser encanador."
E aí está o primeiro segredo que ninguém quer admitir: até os gênios travam.
A diferença não está na ausência de bloqueios. Está no que fazem quando eles chegam.