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Ignore a recompensa imediata
Alquimia da Mente – Edição #072
Catedral de St. Canute 🇩🇰
“Treinei por 15 anos para ter a bola nos meus pés apenas 4 horas durante toda minha carreira."
Você dedicaria 15 anos da sua vida para ter apenas 4 horas de brilho?
Essa pergunta revela uma verdade surpreendente sobre o esporte e a vida: o tempo de preparação supera vastamente o tempo de performance.
Por exemplo, você sabia que:
(1) ⚽️ Futebol:
Em uma partida de 90 minutos, um jogador tem a bola nos pés por apenas 53 segundos.
Aproximadamente 60% dos toques na bola duram menos de 1 segundo.
Em um ano, isso se traduz em menos de 16 minutos de contato direto com a bola.
(2) 🎾 Tênis:
Uma partida dura em média 90 minutos.
A bola está em jogo por apenas 20% do tempo total (18 minutos).
Um rally médio no tênis profissional dura cerca de 5 segundos.
(3) 🏀 Basquete:
Um jogador médio da NBA possui a bola por apenas 90 segundos por jogo.
95% das posses de bola duram menos de 5 segundos.
Em uma temporada regular (82 jogos), um titular acumula cerca de 3 horas com a bola.
(4) 🥊 MMA:
Preparação: 288 horas (6 horas/dia, 6 dias/semana, 8 semanas).
Tempo médio de luta: 12 minutos.
Proporção: 1 minuto no ringue para cada 1440 minutos treinando
A Vida Imita o Esporte
Esta dinâmica se estende além do esporte, permeando diversas áreas da vida:
Música: Por trás de uma bela melodia ao piano, há incontáveis horas praticando escalas, acordes e ritmos.
Escrita: Um texto cativante é fruto de prática diária, muitas vezes produzindo 1.000 palavras "ruins" todos os dias.
Empreendedorismo: O sucesso visível é precedido por anos de tentativas, erros e aprendizados.
Um das primeiras músicas que busquei tirar no teclado foi “Nuvole Bianche”, do Ludovico Einaudi . O resultado:
Dois anos depois, a mesma música, agora no piano:
Enxergamos apenas o resultado final - o atleta no pódio, o músico no palco, o empreendedor de sucesso.
Porém, por trás de cada momento de glória, existem milhares de horas invisíveis em exaustivos treinos.
No fim, o tempo é relativo.
Ele vale mais no presente que no passado ou futuro.
Ainda assim, é onde menos estamos atentos.
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