Lições que aprendi após 100 sessões de terapia

Alquimia da Mente – Edição #002

seesao-terapia

No divã da psicanálise

“Acordar para quem você é requer desapego de quem você imagina ser.”
Assim que abrimos o Zoom essa era a frase em sua imagem antes de abrir a câmera.

Nunca imaginei fazer terapia. Muito menos psicanálise.
Acreditava no alto da minha ignorância que terapia era para doidos ou quem tinha graves problemas.

Porém, havia terminado um relacionamento e o Gui, que você conheceu na primeira edição dessa newsletter, me recomendou sua psicanalista, a Maysa.

03/06/2021.
Minha primeira sessão de terapia.
Estava nervoso.
As mãos suavam frias.
O coração acelerado.
Não sabia o que me esperava.
Então, sua câmera abriu e fui recebido com um sorriso confortante.

Em poucos minutos de conversa percebi que estava diante de uma grande profissional.

Ela carrega mais de 40 anos como psicanalista, fez formações em Londres, morou fora do Brasil e atendia atletas, artistas e empresários renomados.

Em menos de 10 minutos minha cabeça já borbulhava com a profundidade de suas perguntas:

  • “Quais padrões você vem repetindo nos últimos relacionamentos?”

  • “Qual é a influência do Grande Outro (influências externas) na sua vida?

  • “O que aconteceu quando você tinha 12 anos?” (ela pescou essa pergunta numa brecha sobre o que disse)

  • "Quais tatuagens você leva dos relacionamentos passados? O que mais te marcou neles?"

  • "Quais são os 50% que você carrega de responsabilidade no término do seu relacionamento?"

Percebi que estava em terreno seguro.
A curiosidade e profundidade dessas conversas me carregam de energia.

É um momento sagrado que não preciso de qualquer filtro.
Logo, entro em contato com meu lado mais sombrio.
A versão que muitas vezes escondo abaixo do tapete.

Desde a primeira conversa, Maysa me deixou claro que terapia não é um lugar onde você paga uma profissional para desabafar:

“Se você quiser alguém para te ouvir e passar a mão na sua cabeça, cai fora logo. Aqui a gente vai olhar teus piores fantasmas escondidos nas profundezas de sua alma”.

Começamos com sessões de 2 horas.
Tinha uma ideia Hollywoodiana que na psicanálise você fala por horas e o profissional faz suas anotações.

No entanto, eu falava por 30 minutos e ela me dava uma lição de vida no tempo restante.

Nosso diálogo é uma mistura de ciência com arte, de técnica com intuição.
Ela facilita sua comunicação usando metáforas como:

  • Relacionamento é como um templo. Duas pessoas são como dois pilares que sustentam esse templo sagrado. Quando estão extremamente perto ou longe, ele desaba. É preciso achar um ponto de respiro para ambos, assim como tempo em compartilhado entre ambos.

  • Toda pessoa tem um horizonte e navega por travessias até chegar em um destino para iniciar uma nova jornada. Às vezes, esse horizonte é diferente para ambos, fazendo duas pessoas remarem em um barco para lados opostos.

  • Cada relacionamento passado é como uma tatuagem. Quais foram os pontos marcantes (positivos e negativos) deles? Qual é palavra-chave que os define?

Terminei a primeira sessão como se tivesse lutado em um ringue de boxe.
Uma luta onde o adversário não era desconhecido, mas minhas sombras.

Confrontar a si mesmo, diante do espelho da realidade, sem filtros, sem encantamentos ou idealizações, requer coragem.

Após mais de dois anos e 100 sessões de terapia, continuamos nossas conversas semanalmente até hoje.
Por isso, digo e repito para todos amigos:

Pagar terapia é como pagar a luz da sua casa. É para a vida. Corte um mês e você voltará para as sombras do seu passado.

Como um bom escritor, sempre anoto tudo que me chama atenção nas sessões online.

Hoje, coleciono 81.565 caracteres, 13.597 palavras e 110 páginas anotadas nas terapias.

Trato cada sessão como se fosse o capítulo de um livro ou um episódio de uma série.
Estes são alguns dos títulos mais inusitados que já escrevi:

  • A pressa obsessiva

  • O antídoto perfeito

  • A libidinização do trabalho

  • Histerismo Freudiano e suas triangulações

  • Correntezas Emocionais

  • O Quarto Rosa

  • Sexual Grip

  • Tigre na Jaula em Brasas

  • Medalha de Ouro com gosto de Prata

E também estes:

  • Rivalização x Competição

  • A intimidade intimidadora

  • Afrodite e Ares

  • Falta e Desejo

  • Platéia Amorfa

  • Menos Valia

  • O Retorno do Recalcado

  • Inflamação Ilógica

E ainda estes:

  • O colar do mau estar

  • A Corda Bamba Circense do Caráter

  • The Love Boat

  • Dependência Anacrítica

  • A Velocidade do Mais Fraco

  • Sociedade do Cansaço

  • A Prática de Luxúria Controlada

Nessa edição, quero compartilhar com você as 3 principais lições que aprendi em mais de 100 sessões de terapia.

Mirei em dez lições incialmente, mas compartilharei o restante em futuras edições.

Antes de você ler meus aprendizados, preciso reforçar que os escrevo sob meu ponto de vista leigo, ou seja, como um apreciador do autoconhecimento. Não espere uma aula de psicanálise.

Além disso, diversas passagens retratam vulnerabilidades da minha vida pessoal. Logo, não leve estes aprendizados como verdade absoluta, pois cada experiência é pessoal.

Caso você sinta que uma passagem marcou você, compartilhe-a nas redes sociais e continue lendo.

Lição: 01 – A frustração te leva ao caminho da iluminação

A vitória é um péssimo mestre.
Ninguém amadurece nas vitórias.
Elas carregam uma tendência em nos deixar moles, passivos e confortáveis.
As grandes lições da vida são aprendidas em duras derrotas.
Aquelas que nos pegam de surpresa.
Tudo vai bem até que a vida nos atinge com um tijolo na cabeça.

A busca pela iluminação é retratada em diversas religiões. Simpatizo com o Zen Budismo.

Não sou especialista ou um praticante devoto do Budismo, mas três conceitos reforçam a tese que a frustração ajuda no caminho da iluminação:

(1) Satori

Satori é um termo budista para iluminação.
A busca pela compreensão e realização da verdadeira natureza da realidade.

Shamata-Vipassana é uma prática meditativa budista.
Shamata representa a calma, serenidade e tranquilidade da consciência.
Vipassana é ver as situações como realmente são.

Sua união na prática budista visa o desenvolvimento qualitativo da mente.
Ela te ajuda a enxergar a vida como ela é. E, assim, cessar o que lhe faz mal.
Sem maquiar o positivo ou distorcer o negativo.

Por exemplo, ao invés de procurar novas soluções, corte problemas já conhecidos.

  • Quer ser mais produtivo? Não adicione mais tarefas ao seu dia, corte os vampiros que sugam seu tempo.

  • Quer se alimentar melhor? Não foque em adicionar salada, mas corte o açúcar.

  • Quer aumentar o lucro da sua empresa? Não busque crescer o faturamento, mas cortar despesas fixas. Afinal, mais faturamento carrega mais despesas variáveis, como impostos.

Distorcemos fatos reais para criar histórias em nossa mente.
Fantasiamos acontecimentos para aliviar culpa e buscar aconchego.
Adicionamos um véu em nossos olhos que dificultam enxergar a realidade com ela é.

Durante um relacionamento passado, eu olhava apenas o que me preenchia de felicidade.
Era o encaixe perfeito para o que mais precisava na época.
A outra metade da laranja, como dizem.

Ao mesmo tempo, ignorava toda a sombra que vinha junto dessa luz.
Em uma das sessões de terapia ouvi sobre a noção budista de casamento.
Nela, você se casa com a Sankara (Saṅkhāra) do seu cônjuge.
Ou seja, com a sombra reativa dessa pessoa.

Apesar de diversas pessoas me mostrarem os perigos desse relacionamento e até mesmo as sessões de terapia alertarem o terreno pantanoso que estava pisando, o véu distorcia minha visão da realidade.

Após seis relacionamentos amorosos, diversas tatuagens emocionais e dezenas de processos terapêuticos como:

  • Psicanálise Freudiana, Terapia do Renascimento (Rebirth Breathwork), Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), Hipnoterapia, Código Humano (Human Code)

  • Astrologia, Tarot, Constelação Familiar, Apometria, Reiki, Ayahuasca...

Posso dizer que a experiência de vida nasce a partir das cicatrizes que colhemos.
E por isso a frustração é um dos ingredientes no caminho da iluminação.

(2) Anicca

Anicca no Budismo significa Impermanência.
Nada é para sempre e tudo está em constante fluxo.
Reconhecer a impermanência da vida é um dos pilares da prática budista.

Todos estamos fadados a sofrer nessa vida e a única forma de diminuir esse sofrimento é reconhecer e aceitar a real natureza dos acontecimentos.

Como no livro “Os Quatro Compromissos”, cujo terceiro compromisso é: "Não tire conclusões".

Assim como o conceito de Amor Fati no Estoicismo: "Ame seu destino".
Quanto antes você aceitar a impermanência de suas emoções, menos você irá sofrer.

Você não é uma pessoa triste ou feliz. Apenas está triste ou feliz.
Emoções mudam como o clima, mas temos dificuldade em nos desprender de traumas passados que nos machucam e atormentam até hoje.

Na Roda de Samsara, conceito budista sobre o fluxo contínuo da vida, o sofrimento é inevitável. Somente por meio da iluminação é possível quebrar esse ciclo.

Darma, outra filosofia budista, representa a natureza das coisas.

Portanto, uma forma efetiva de cessar o sofrimento, aceitando o que não podemos controlar.

Quando tive um Burnout após ficar devendo mais de 200 mil reais e ficar a um passo de falir minha empresa após dez anos de mercado, a ansiedade era tão grande que acreditava ser permanente, parte da minha nova identidade, inclusive.

Durante um mês inteiro não conseguia dormir uma noite tranquilamente acreditando que poderia morrer.

  • Cada barulho de ambulância na rua parecia um chamado do meu destino.

  • Cada Uber que entrava me gerava uma sensação que a qualquer momento o carro iria capotar.

  • Cada evento que participava não aguentava ficar mais de 1 hora seguida sem me isolar, tamanha fobia social que sentia.

Pretendo escrever uma edição sobre esse Burnout, meu mais profundo vale na vida.

Somente com a meditação, a proximidade com a natureza e o corte de várias tarefas pude cessar esse sofrimento após seis meses.

Tudo nessa vida é impermanente. Não temos controle de (quase) nada.

(3) Nekkhamma

Nekkhamma, de modo geral, significa renúncia aos apegos e aversões.
Apego dos desejos e emoções, buscando a liberdade do sofrimento.

Essa palavra também carrega a reflexão de abandonarmos as luxúrias, ânsias e desejos do mundo para levar uma "vida santa".

Para mim, a prática mais difícil no Budismo.
A mente, segundo Buda, é classificada em 4 processos:

  1. Consciência (vinhana),

  2. Percepção (sanha),

  3. Sensação (vedana),

  4. Reação (sankara).

Sankara é, portanto, a mente que reage.
Temos aversão ao desagradável e apego ao que é bom.
Como mencionei, tive um relacionamento intenso e volátil onde as emoções iam do céu ao inferno.

Na minha cabeça racional é como se as emoções tivessem uma escala de -10 até +10.
Nesse namoro, elas variavam entre -8 e +10 (18 pontos de diferença).
Enquanto nos outros relacionamentos variavam entre -4 a +6 (10 pontos de diferença).

Esse relacionamento mais intenso era como um pêndulo.
Balançava entre o desejo de passar o resto da vida com ela.

E em outros momentos correr para o mais longe possível tamanha aversão que tinha por algumas de suas atitudes.

Ao mesmo tempo, tinha a falsa esperança que um único parafuso apertado pudesse corrigir o que era, para mim, difícil de aceitar.

Minha astróloga diria é influência da minha lua em escorpião, intensa em suas emoções.
Já o Budismo foca em como nossa mente reage aos acontecimentos.

Nessa filosofia de vida, ser feliz é nosso estado natural.
Logo, o Budismo nunca irá te ensinar os 7 passos para ser feliz.
Mas sim práticas sobre como amenizar o sofrimento.
Somente identificando uma ferida sangrando você pode cuidar dela.

Durante muito tempo ignorei esse sangramento.
Somente após realizar dezenas de processos terapêuticos tive consciência dessa ferida para estancá-la, tornando-a uma cicatriz do passado.

Acredito que a busca de autoconhecimento é como olhar para milhares de peças de um grande quebra-cabeça chamado "Eu".

Cada nova descoberta por meio destes processos é como conectar mais uma peça, permitindo você se conhecer melhor.

Lição: 02 – Você se casa com sua doença

"You marry your disease".
Esse foi um dos títulos após uma longa sessão de terapia.

Numa livre (e leiga) interpretação minha da Psicanálise Freudiana você escolhe uma pessoa para casar com objetivo de reviver sua neurose.

Assim nasce a frase sobre a tendência que temos em casar com nossa doença.
De maneira inconsciente, o que nos falta nos atrai.

Considero-me introvertido, planejador, analítico e metódico.
Logo, nestes termos, minha "doença" é a extroversão, o caos, a volatilidade e a imprevisibilidade.

De maneira inconsciente vou me atrair por mulheres que se enquadram nessa descrição, sendo o meu oposto perfeito.

"Os opostos se atraem".
Sim, acredito nessa frase, pois o mistério é atraente.

Uma pessoa diferente de você te faz conhecer faces da sua personalidade que nem você tinha ideia que existiam.

Hoje, desenvolvi minha comunicação, lido melhor com imprevistos e não preciso de uma planilha para tudo, pois tive relacionamentos com mulheres extrovertidas e imprevisíveis.

Porém, personalidades muito opostas, sem trabalho mútuo, tendem a fracassar rápido em seus relacionamentos.
Como duas pessoas no mesmo barco, mas remando para lados diferentes.

Do outro lado, se relacionar com um espelho de si próprio, ou seja, uma pessoa que tenha os exatos gostos que você, é entediante.

Sem mistério, sem complementariedade, vocês tendem a virar amigos com (poucos) benefícios.
Mais parecem irmãos que um casal.

Os beijos somem em público. O carinho se torna escasso. A rotina se torna entediante.
A polaridade de energia masculina/feminina some.

Essa união pode até ser interessante nos primeiros meses, mas sem um forte trabalho mútuo, dificilmente se sustenta.

Quem é muito introvertido, analítico e pragmático tem como sombra a necessidade de extremo controle, sendo muito rígido em momentos que precisam de flexibilidade.

Já pessoas muito extrovertidas, voláteis e imprevisíveis tem como sombra a necessidade de aprovação alheia, olhando pouco para dentro e muito para fora.

Segundo Freud, há três categorias pelas quais os processos de defesa se desenvolvem: a histeria, a obsessão e a fobia.

Quando a obsessão encontra a histeria, a atração se torna fatal. E também perigosa para ambos.

Voltando ao Budismo, o caminho do meio é simbolizado pela roda de 8 raios, o Dharmachakra, que nos guia pela busca da iluminação espiritual:

  1. Perfeita compreensão

  2. Perfeita aspiração

  3. Perfeita fala

  4. Perfeita conduta

  5. Perfeito meio de subsistência

  6. Perfeito esforço

  7. Perfeita atenção

  8. Perfeita contemplação

Lição: 03 – A Sociedade do Cansaço

A Sociedade do Cansaço é um livro escrito pelo filósofo sul-coreano Byung-Chul Han.

O pensamento central da era que vivemos, segundo o filósofo, é:
"Desempenho, logo existo".

O excesso de trabalho, a pressão por produtividade e o estresse do individualismo ligado a competição exacerbada contribuem para um cansaço extremo.

Hoje, há uma pressão invisível para performar.
Números de seguidores, likes, comentários e compartilhamentos tornam evidente o ranking social entre pessoas.

Essa busca de validação social é tão forte que, recentemente, o Instagram faturou $600 milhões vendendo seu selo de verificação em apenas um dia.

44 milhões de usuários pagaram $15/m para garantir um selo azul verificado ao redor do seu nome.

Logo, quem não desempenha, não existe ou é ignorado nos parâmetros dessa sociedade.

Em uma camada mais profunda, a sociedade do cansaço leva à sociedade da transparência.

Nela, há uma tendência em ficarmos transparentes como uma água viva.
Intimidade e privacidade são colocadas de lado para favorecer a transparência máxima.

Problemas de relacionamentos são expostos em público.
Cada atividade, pensamento e rotina são compartilhados para seguidores sem qualquer proximidade.

A busca pela aceitação e o laço de comunidade faz pessoas criarem novelas sobre suas próprias vidas.

E como toda novela ou série, o próximo capítulo sempre parece mais atraente que o anterior.

A audiência, carente por uma luz no fim do túnel, bate palma para a personagem principal que expõe sua alma.

Já a protagonista, carente por mais status social, alimenta suas redes sociais ignorando qualquer privacidade ou intimidade.

Cedo ou tarde, muitos desenvolvem depressão, pois ancoraram seu crescimento ao que sua audiência desejava ver nos próximos capítulos de sua novela.

Presas nas suas próprias narrativas, percebem lentamente que privacidade e intimidade são pedras preciosas que não devem ser dadas ou compartilhadas abertamente.

Mergulhando mais uma camada, a sociedade da transparência leva à sociedade do desencanto.
Se algo é transparente, não brilha. Logo, sem luz, perde seu encanto.

Para o autor e filósofo Byung-Chul Han, o individualismo e a cultura do narcisismo contribuem para a solidão e o isolamento social.

Mesmo hiper conectadas com a tecnologia, as relações humanas tornaram-se mais superficiais e vazias, prejudicando nosso bem-estar emocional.

Pessoas são descartadas como plástico, trocadas como roupas e desencantadas como cristais quebrados.

A busca por maior status social induziu relacionamentos regredirem no tempo para se tornarem novamente uma transação.

Você já vivenciou ou percebeu como a escolha de um cônjuge para algumas pessoas é influenciada pela aprovação da grande platéia?

Novamente, refém de suas próprias novelas, criam idealizações sobre qual seria o par perfeito para acompanhá-las na exposição transparente das redes sociais.

Pensam somente no que o outro pode oferecer para melhorarem seu status social.
O bom e o ruim deixam de ser julgamento interno e tornam-se um julgamento coletivo.

O individualismo misturado com o excesso de positividade vira tóxico, pois cria uma expectativa onde as pessoas estejam sempre felizes, motivadas e produtivas para se exporem em redes sociais.

Essa constante exigência em parecerem positivas gera uma pressão psicológica, negando a possiblidade de lidarmos com emoções negativas de forma saudável.

Estes fatores induzem o rápido desencanto.
"Se a platéia não bate mais palmas ou não me serve mais, descarto".

  • Ao invés de ter conversas difíceis, descarta-se um relacionamento.

  • Ao invés de compreender os reais motivos por trás de um término, corre-se para outra pessoa em busca de preencher esse vazio emocional e social.

  • Ao invés de olhar profundamente para dentro, deixa-se influenciar por comentários rasos de fora.

E dessa forma o ciclo continua:
A sociedade do cansaço leva à sociedade da transparência que leva à sociedade do desencanto.

Como uma luta de boxe contra o espelho

Repetindo a frase:
"Pagar terapia é como pagar a luz da sua casa. É para a vida. Corte um mês e você voltará para as sombras do seu passado."

A principal armadilha, seja no esporte, na vida ou nos negócios, não é técnica, é mental.

Hoje, brinco dizendo que as mentorias sobre negócios que entrego viraram "mentoterapias".

Após 5 anos e mentorando mais de 500 empreendedores, a barreira técnica é o menor dos problemas dentro de um negócio.

Em um podcast me perguntaram: “HC, qual é a diferença entre um péssimo, um bom e um excelente mentor?”

Respondi dizendo que:

  • O péssimo mentor responde de forma monossilábica. Sim ou não. Faça isso ou aquilo.

  • O bom mentor responde com profundidade o que foi perguntado, usando dados, metáforas e histórias.

  • O excelente mentor, além de responder com profundidade o que foi perguntado, responde também o que não foi perguntado.

Ou seja, ele desenvolve sua sensibilidade para compreender o tom de voz, linguagem corporal e perfil psicológico para entender o que está nas entrelinhas dessa pergunta.

Ele precisa ter total clareza sobre as intenções do mentorado ao perguntar.

  • É uma pergunta para aprender uma técnica?

  • É uma pergunta para validação do seu ego?

  • É uma pergunta que inicia confusa para organizar seus pensamentos falando?

A sombra que você ignora sempre será a maior armadilha que impede você de viver em sua plena luz.

Na próxima edição #003

Na primeira edição escrevi sobre a batalha interna x externa que ocorre em nossa mente.

  • Uma visão sob a busca de maestria nos esportes através do poder mental.
    Nesta segunda edição compartilhei três lições que mais chamaram minha atenção após mais de cem terapias.

  • Minhas experiências sobre como as emoções afetam nossa mente.

Na terceira edição, vou descrever a aposta mais perigosa que já fiz.
Assim como foi também a mais lucrativa.

Ao contrário do que muitos podem imaginar, não há qualquer relação com cassinos, bebidas ou drogas.
E sim um simples, mas efetivo desafio que fiz com um amigo.

Uma decisão que mudaria para sempre o rumo do meu negócio dias antes da Pandemia estourar.
Até a próxima edição da Alquimia da Mente.

Forte Abraço,
Per aspera ad astra! 🎖️
HC

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✍️ Escrita por Henrique Carvalho compartilhando experiências pessoais ao redor dos temas: Maestria, Mentalidade e Marketing.
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Até a próxima edição.
Um forte abraço,
HC

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