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Por que adultos amam números?
Alquimia da Mente – Edição #073
Torre Eiffel - Paris 🇫🇷
“Pessoas grandes adoram números!"
Quando lhes falamos de um novo amigo, elas jamais se interessam pelo essencial. Nunca perguntam:
- Qual é o som da sua voz?
- Quais brinquedos que prefere?
- Será que coleciona borboletas?
Mas perguntam:
- Qual é a sua idade?
- Quantos irmãos ele tem?
- Quanto pesa?
- Quanto ganha seu pai?
Somente então acreditam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: “Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, com gerânios na janela e pombas no telhado…”, elas não conseguem imaginar essa casa.
É preciso dizer-lhes “Vi uma casa de 600 mil reais.”
Então, elas exclamam: “Que beleza!”
Esse curto trecho do livro “O Pequeno Príncipe” gritou chamando minha atenção.
Sim, nós adultos adoramos números.
Mas, por quê?
Adultização
Para muitos, uma prisão da alma
Almocei esses dias com um amigo empreendedor e a conversa fluiu para nossas empresas:
Está com quantas pessoas na equipe?
Como está a divisão da sociedade? Meio a meio?
O faturamento desse ano é maior que o ano passado?
Ambos jogamos tênis, logo novos números foram levantados:
Qual é sua posição no ranking aqui de Brasília?
Quantas vitórias e derrotas já acumulou esse ano?
Está jogando quantas vezes na semana?
Sua filha nasceu recentemente e não pude deixar de perguntar:
“Com quantos meses ela está?”
Caramba! Nós adultos realmente adoramos números.
Onde foi que perdemos nossa imaginação e empacotamos tudo em caixinhas organizadas?
Escola > Faculdade > Trabalho.
O caminho convencional.
A “adultização” exige seriedade.
Na escola, você recebe um número ao final de cada prova avaliando seu conhecimento.
Um aluno nota 10 é orgulho para os pais.
Um aluno nota 5 repete de ano, sendo uma vergonha para os pais.”
Passando cravado em Química no terceiro ano do colégio
Na faculdade, o modelo se repete.
Provas, avaliações, números.
Porém, o termo “nota” agora é “coeficiente de rendimento” (CR).
Meu maior CR acumulado na faculdade foi 4,7
No trabalho, você não faz mais provas.
No entanto, cumpre horas e ganha um salário.
Cafuné no leão
“Que gatinho bonito! Vamos fazer um carinho nele”
Para muitos pais, ouvir de um filho que ele deseja ser um engenheiro, um advogado, um médico é um alívio.
Agora, escritor, músico, ator é um tormento.
Sabe, venho de uma família de engenheiros.
Meu pai, meu irmão, meus primos, meus tios. Sim, todos são engenheiros.
Quando larguei a faculdade de economia para escrever e “viver de blog”, minha família convocou uma assembléia urgente para discutir meu futuro.
“Você está jogando fora uma oportunidade de ouro”.
“Esse caminho é muito arriscado. E se não der certo?”
“Como você pensa ganhar dinheiro com isso?”
Os adultos adoram organizar tudo em caixinhas com números.
E quando algo não entra em uma caixa, eles entram em pânico.
Hoje, sendo adulto, entendo suas cabeças.
Fomos treinados biologicamente para evitar perigo e buscar segurança.
Ao avistar um leão, você não vai até ele e faz um cafuné. Você se afasta.
Ver um filho saindo de uma rua pavimentada e segura para se enfiar no meio de uma floresta escura e desconhecida, você sente medo.
Você quer protegê-lo, você quer amá-lo.
Porém, qual é a graça de percorrer sempre os mesmo caminhos?
Não avançamos pelo medo, mas pela inovação.
Imagine dizer há dois mil anos que voaríamos mais alto que os pássaros?
Que correríamos mais rápido que um leopardo?
Que atravessaríamos oceanos como uma baleia?
A inovação não nasce da certeza, das respostas prontas, mas sim da incerteza, das perguntas curiosas.
E, como adultos, paramos de fazer essas perguntas.
Uma criança se imagina feliz como astronauta pousando na Lua.
Um adulto lembra instantaneamente de espaçonaves explodindo.
Como seria nosso mundo se pensarmos como crianças e agirmos como adultos?
Não há respostas certas
“Será que coleciona borboletas?”
As pessoas mais interessantes que conheço são extremamente curiosas e sempre fazem as melhores perguntas. A conversa flui.
Porém, a maioria das pessoas está mais preocupada em dar as respostas certas que fazer as perguntas mais curiosas.
Então, como podemos fazer perguntas melhores?
Perguntas cuja resposta não são apenas números para serem colocados em nossas caixolas mentais.
Separei 15 perguntas interessantes que você pode fazer hoje mesmo para si mesmo, para uma pessoa próxima ou alguém que esteja conhecendo agora:
Qual é sua lembrança mais feliz da infância?
Qual foi o momento mais difícil da sua vida e como você o superou?
O que você considera essencial para um casamento feliz?
Como você demonstra amor?
Qual é seu maior sonho?
O que significa sucesso para você?
Qual é sua filosofia de vida?
O que você acredita que precisa melhorar em si mesmo?
O que você mais admira em si mesmo?
Qual é a coisa mais corajosa que você já fez?
Como você lida com a solidão?
O que te faz sentir mais vivo?
Como você imagina a velhice?
Qual é o papel da espiritualidade ou religião em sua vida?
Se você pudesse mudar uma coisa no mundo, o que seria?
Apenas teste.
Faça uma dessas perguntas e veja como a qualidade das suas conversas (consigo mesmo ou com os outros) irá melhorar drasticamente.
Esqueça os números.
Esqueça as caixas.
Por um instante, permita-se ter a curiosidade de uma criança, agindo como adulto.
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